quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Estreia blog do Ciência em Foco, do DF
Está no ar o blog do Ciência em Foco, programa de Educação em Ciências para o ensino fundamental desenvolvido pela Sangari Brasil no Distrito Federal.
A grande inspiração é o nosso blog, do programa Cientistas do Amanhã, que é desenvolvido a partir das experiências compartilhadas por professores das escolas públicas do município do Rio de Janeiro pelas quais é adotado o mesmo programa de Educação em Ciências, com grande sucesso.
A exemplo do blog carioca, serão publicados relatos de professores, tutores e profissionais da rede pública de ensino. Para saber mais, visite o blog.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Projeto Biblioteca sem Muros dos Cientistas do Amanhã
Hoje (14/12/2009), às 09:00, no Ciep Posseiro Mário Vaz (Zona Oeste, Rio), que faz parte da 10ª Coordenadoria Regional de Educação, foi lançado o Projeto Biblioteca sem Muros dos Cientistas do Amanhã, que contou com a presença significativa dos responsáveis dos alunos, representates da 10ª CRE, da SME e da Sangari.
O Biblioteca sem Muros visa democratizar o acesso à leitura, sem barreiras, no Rio de Leitores, à comunidade e entorno escolar do Jardim Maravilha e, dentre, outras metas, pretende mapear os caminhos da casa do aluno para a escola e transformá-los em trilhas ecológicas de leitura, criando, nos cruzamentos, estações de leitura. Para saber mais, clique na imagem.
O Biblioteca sem Muros visa democratizar o acesso à leitura, sem barreiras, no Rio de Leitores, à comunidade e entorno escolar do Jardim Maravilha e, dentre, outras metas, pretende mapear os caminhos da casa do aluno para a escola e transformá-los em trilhas ecológicas de leitura, criando, nos cruzamentos, estações de leitura. Para saber mais, clique na imagem.
Esse projeto foi idealizado pelo professor Vagner Lúcio e incentivado pelo Tutor Remízio (do Cientistas do Amanhã).
sábado, 12 de dezembro de 2009
Participe do blog com sua experiência
É bem simples socializar a sua experiência com o programa Cientistas do Amanhã. Siga esses passos:
1) escreva um breve resumo da sua prática com o programa;
2) envie para vagner.lima@sangari.com, com os seus dados para contato;
3) aguarde um contato do Tio Vagner Lúcio, para obter sua autorização e publicar no Blog.
Para mais informações, fale conosco.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Escola Municipal Canadá: experiências com as ciências e a criatividade
Tutora do Cientistas do Amanhã, a educadora Maria da Glória socializa conosco belas experiências desenvolvidas na Escola Municipal Canadá (no Estácio), que pertence à 1ª Coordenadoria Regional de Educação da Prefeitura do Rio.
Em seu relato, a entusiasmante Tutora destaca depoimentos de três professores dessa Unidade de Ensino, na qual, com o Cientistas do Amanhã, estão revolucionando o ensino das ciências na sua Escola: Fátima Melo (turmas 1401 e 1201), Nelma Souza (turma 1101) e Sarahy Buás (turma 1501), ambas do primeiro segmento do ensino fundamental.
Das aulas da turma 1401 (Unidade Tempo e Clima), a professora Fátima lembrou que, a partir da Aula 3, seus alunos se tornaram mais bem motivados quanto à coleta de dados na estação meteorológica e posterior registro no calendário do tempo, com uso do adesivo. Durante a Aula 6, os alunos se surpreenderam com a simulação da chuva, para compreender o funcionamento do pluviômetro.
Quanto ao tipo de trabalho desenvolvido também pela docente na turma 1201 (Unidade Ar), a professora chama a atenção para duas aulas que geraram grande interesse e participação da turma: a Aula 2 e a Aula 4, as quais geraram grande interesse e envolvimento dos alunos, a partir do que fizeram muitas previsões para a comprovovação da existência de ar no solo e elaboraram hipóteses a cerca da realização da experiência.
Já a professora Nelma Souza revelou que, na Aula 8, pôde constatar com seus alunos - esticando o barbante - que a luz realmente se propaga em linha reta, o que os motivou na experiência também com laser. Na Aula 12, ampliando os estudos anteriores, fascínio com a visão das sombras colorias produzidas.
Já a professora Nelma Souza revelou que, na Aula 8, pôde constatar com seus alunos - esticando o barbante - que a luz realmente se propaga em linha reta, o que os motivou na experiência também com laser. Na Aula 12, ampliando os estudos anteriores, fascínio com a visão das sombras colorias produzidas.
Por fim, Maria da Glória pede-nos a atenção, também, para a professora da 1501 (Unidade Terra, Sol e Lua), a Sarahy Buá, segundo a qual seus alunos ficaram encantados com a bússola.
Quando leram que a bússola tinha que ficar longe de qualquer estrutura metálica ou magnética, resolveram testar e constatar o que aconteceria com o objeto próximo a objeto metálico. Diante de uma tesoura, a agulha da bússola girou sem parar. Diante do que aconteceu, os alunos acharam o máximo.
É assim, nas Escolas do Rio, o Cientitas do Amanhã - com ciência e criatividade! A Escola Canadá é exemplo vivo disso e merece nossos fortes parabéns!
É assim, nas Escolas do Rio, o Cientitas do Amanhã - com ciência e criatividade! A Escola Canadá é exemplo vivo disso e merece nossos fortes parabéns!
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Programa de Ensino da Sangari é unanimidade nas províncias de Buenos Aires e Tucumán
Segundo o site de notícias da Sangari Brasil, a primeira avaliação externa do CTC - Ciência e Tecnologia com Criatividade -, na Argentina, teve como objetivo identificar qual a percepção que diretores, professores, alunos e pais têm do Programa nas regiões onde é aplicado, ou seja, as províncias de Buenos Aires e Tucumán. O resultado mostra opiniões unânimes em afirmar que o ensino de Ciências se torna melhor com o CTC - que, no Município do Rio, recebe o nome de Cientistas do Amanhã.
No Brasil, o CTC é implementado com os mesmos resultados nas redes públicas de ensino do Rio de Janeiro, Distrito Federal, Belo Horizonte, Salvador, Amparo e Maringá e em centenas de escolas particulares distribuídas por todo o país.
Para saber mais, clique aqui.
COMUNIDADE ESCOLAR DO CIEP LINDOLFO COLLOR VIVE DIA D COM AS CIÊNCIAS
O dia 19 de novembro tornou-se uma data inesquecível para a comunidade escolar do Ciep Lindolfo Collor, uma escola da Prefeitura do Rio que fica em Rio das Pedras, na abrangência da 7ª Coordenadoria Regional de Educação. Uma Feira Cultural, aberta aos responsáveis, envolveu aproximadamente três mil alunos de toda a Unidade de Ensino, que participaram efetivamente de todas as suas fases de criação até a conclusão do evento, sob a liderança – é claro – das equipes de professores e gestores.
Diante do sucesso e empolgação gerada entre os alunos, a Tutora Janini Teixeira do Cientistas do Amanhã (que assessorou pedagogicamente em cada etapa do evento da instituição) reforça a importância de se realizar atividades como a Feira, em que docentes e educandos podem demonstrar todo conhecimento e habilidades, expandindo o Cientistas do Amanhã para além dos muros acadêmicos, possibilitando e valorizando – em outros níveis da comunidade local – a presença da família na Escola, o que beneficia cada um com o desenvolvimento de novos conhecimentos.
Parabéns, a todos, pelo belo empreendimento com as ciências!
O Cientistas do Amanhã recebe reforço de grêmio escolar e professor readaptado na República Dominicana
Hoje, por telefone, tivemos o prazer de conversar com a professora Selma Machado Felipe, Coordenadora Pedagógica da Escola Municipal República Dominicana (Madureira, Zona Norte do Rio), da 5ª Coordenadoria Regional de Educação. Nessa conversa, a CP nos falou sobre a iniciativa de publicar, no boletim interno da Unidade, uma matéria feita pelos alunos do grêmio escolar sobre o Cientistas do Amanhã.
BLOG: De onde surgiu a ideia de fazer um boletim da escola?
CP: A prática é antiga na nossa Escola, mas ficou interrompida por um tempo, com a aposentadoria da professora Elizabeth, que cuidava do jornalzinho.
BLOG: Quem é o responsável, hoje, pelo jornalzinho de vocês?
BLOG: Quem é o responsável, hoje, pelo jornalzinho de vocês?
CP: É a professora readaptada, também veterinária, Rosele. Ela se reúne com os alunos do grêmio e, juntos, montam a pauta das matérias.
BLOG: Qual é o objetivo desse jornal? CP: É explorar curiosidades, diferentes gêneros de leitura (como artigos), para trazer o texto para mais perto das crianças.
BLOG: E qual a repercussão?
CP: Os alunos se sentiram prestigiados, seja porque autores do boletim ou porque parte da notícia, já que os seus nomes aparecem nas criações deles em parceria com a professora Rosele, que desenvolve esse trabalho com muito entusiasmo.
BLOG: Por que falar sobre o projeto Cientistas do Amanhã no boletim?
CP: A ideia de escrever sobre o projeto surgiu dos próprios alunos, que estão bem animados com todas as experiências com as ciências que os professores estão desenvolvendo em sala de aula. Escrever no jornal sobre o que eles estão gostando de fazer, junto com seus professores, também foi uma forma que encontraram para agradecer e registrar a nossa satisfação.
Como nos contou um Tutor em um relato anterior, a criatividade dos professores é indescritível e impressionante. E a iniciativa dos alunos da E.M. República Dominicana reflete bem essa certeza. Parabéns, meninos e meninas, professores e funcionários, que estão tendo a oportunidade de vivenciar uma outra atividade fundamental na escola: a experiência com a leitura.
Como nos contou um Tutor em um relato anterior, a criatividade dos professores é indescritível e impressionante. E a iniciativa dos alunos da E.M. República Dominicana reflete bem essa certeza. Parabéns, meninos e meninas, professores e funcionários, que estão tendo a oportunidade de vivenciar uma outra atividade fundamental na escola: a experiência com a leitura.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Nova forma de ensinar e aprender é notícia internacional
A edição número 5 do periódico eletrônico argentino 12ntes publicou extensa matéria sobre a implentação e desenvolvimento do programa CTC (que no Rio de Janeiro se chama Cientistas do Amanhã) nas províncias de Buenos Aires e Tucumán. Sob o título, "Ciência e tecnologia com criatividade: uma nova forma de ensinar e aprender", a matéria destaca a primeira experiência internacional do Programa e traz 3 artigos assinados por Inés Dussel, Diego Golombek e Melina Furman - respectivamente, diretora educativa, assessor científico e coordenadora científica da Sangari Argentina.
Para ler mais sobre o assunto, clique aqui.
Tutor do Cientistas do Amanhã comenta que orgulho com as descobertas já é prática comum nas escolas que acompanha
Reforçando os relatos que chegam diariamente para o Blog, sobre as experiências que as Escolas do Município do Rio estão desenvolvendo em relação ao Cientistas do Amanhã, o Tutor Vanderson Correa Vaz apresenta-nos uma bela análise de algumas práticas do quotidiano de unidades que acompanha.
"As boas práticas estão se multiplicando. Em cada novo acesso ao blog, eu me deparo com novos relatos, mas esses não me surpreendem tanto. Não se deixe levar por essa minha última colocação; na verdade não me surpreendo porque vejo toda essa surpresa e entusiasmo no dia-a-dia. Há algo de comum em muitos desses relatos com o que os professores compartilham comigo. Em todas as escolas em que realizo o acompanhamento do Cientistas do Amanhã (Escolas Municipais Alcides Etchegoyen, Lucio de Mendonça, Raul Francisco Ryff, Orestes Barbosa e CIEP Maestrina Chuiquinha Gonzaga), depois de superada a etapa de questionamentos, não é difícil encontrar alunos exibindo, com orgulho, seus achados pelos corredores da unidade escolar. A surpresa é algo no cotidiano, creio eu, da maioria dos tutores. No caminho das unidades escolares já fico a imaginar qual será a novidade que me apresentarão. Já é uma prática comum, ao chegar à sala de aula, um grupo de alunos me puxar pela camisa e conduzir-me até seus experimentos, disputando minha atenção com os demais colegas, para, com orgulho, relatar-me suas observações.
"As boas práticas estão se multiplicando. Em cada novo acesso ao blog, eu me deparo com novos relatos, mas esses não me surpreendem tanto. Não se deixe levar por essa minha última colocação; na verdade não me surpreendo porque vejo toda essa surpresa e entusiasmo no dia-a-dia. Há algo de comum em muitos desses relatos com o que os professores compartilham comigo. Em todas as escolas em que realizo o acompanhamento do Cientistas do Amanhã (Escolas Municipais Alcides Etchegoyen, Lucio de Mendonça, Raul Francisco Ryff, Orestes Barbosa e CIEP Maestrina Chuiquinha Gonzaga), depois de superada a etapa de questionamentos, não é difícil encontrar alunos exibindo, com orgulho, seus achados pelos corredores da unidade escolar. A surpresa é algo no cotidiano, creio eu, da maioria dos tutores. No caminho das unidades escolares já fico a imaginar qual será a novidade que me apresentarão. Já é uma prática comum, ao chegar à sala de aula, um grupo de alunos me puxar pela camisa e conduzir-me até seus experimentos, disputando minha atenção com os demais colegas, para, com orgulho, relatar-me suas observações.
O programa, conforme podemos observar nos relatos do blog, tem proporcionado aos professores uma ótima oportunidade de mudança e/ou de multiplicação de suas práticas. Dentre as quais, destaco o projeto “Plante uma árvore pela paz” da professora Ariadne Moraes da escola municipal Raul Francisco Ryff, que, conforme colocado por ela – “o que era inicialmente um projeto para ser desenvolvido pelas turmas do 3° ano, tornou-se um projeto da escola”. Nesse projeto, em parceria com o Jardim Botânico do Rio de Janeiro e apoio logístico da Sangari, a professora conseguiu mudas para o plantio e revitalização do jardim da escola com seus alunos.
Para os alunos do professor Luiz Fernando Porto, da Escola Municipal Orestes Barbosa, a experimentação já fazia parte do cotidiano; porém, através do Programa, o professor tem explorado de maneira diversificada os conteúdos conceituais da Unidade. Os produtos dessa prática podem ser observados por meio dos modelos criados pelos alunos para o estudo da organização dos corpos celestes através da construção de câmaras escuras com caixas de sapato.
Dentre todos os pontos positivos já expostos nos diversos veículos de comunicação, o principal impacto por mim observado está diretamente relacionado ao resgate do aprendizado de ciências que o programa vem proporcionando nessas unidades escolares."
Dentre todos os pontos positivos já expostos nos diversos veículos de comunicação, o principal impacto por mim observado está diretamente relacionado ao resgate do aprendizado de ciências que o programa vem proporcionando nessas unidades escolares."
De verdade, Vanderson, concordo plenamente com você. Por isso, nas Escolas da Prefeitura do Rio, o ensino das Ciências já tem um marco: o antes e o depois do Cientistas do Amanhã, que tem favorecido ensino e aprendizagem com muita alegria e criatividade.
domingo, 6 de dezembro de 2009
Ciep Doutor Antoine Magarinos Torres Filho tem exemplos bem sucedidos
Recentemente, quem voltou a escrever para o Blog foi a Tutora Keeth Gomes do Cientistas do Amanhã, a fim de registrar o entusiasmo das professoras Ana Dias e Elane do Ciep Doutor Antoine Magarinos Torres Filho (Tijuca), da 2ª Coordenadoria Regional de Educação. As docentes trabalham no 2º Ano do Ciclo com o tema "Ar" e têm deixado seus alunos muito entusiasmados com as aulas de Ciências, sempre marcadas pela participação ativa das crianças, as quais, com a ajuda de suas educadoras, aprendem formular hipóteses.
Educadora Lúcia Prata assegura que Cientistas do Amanhã favorece o trabalho interdisciplinar e desperta o interesse dos alunos
A Professora Lúcia Prata tem vários anos de intenso trabalho dedicados à educação pública da Cidade do Rio de Janeiro e, enquanto não é publicada sua aguardada aposentadoria, desempenha a docência com entusiasmo na Escola Municipal São Domingos (Del Castilho, Zona Norte do Rio), que faz parte da 3ª Coordenadoria Regional de Educação.
“Meu nome é Lúcia Prata, sou professora da Escola Municipal São Domingos, aguardando publicação da aposentadoria e querendo deixar um registro sobre o 'Cientistas do Amanhã'. Este realmente é um projeto que viabiliza o aprendizado do aluno em sua total essência. A criança participa, executando os experimentos com intensa satisfação e muita curiosidade. Durante o desenrolar das aulas, no nosso caso específico, sobre "O Solo", também houve uma observação interessante, que foi uma crescente aproximação afetiva entre os próprios alunos e o professor, norteando uma colaboração e uma troca infinita de possibilidades. É um projeto que atua interdisciplinarmente, despertando o interesse do aluno e resgatando sua autoestima. Estou deixando o magistério, mas seria muito gratificante saber que futuramente as crianças continuarão usufruindo deste tão sério e competente Projeto."
Cientistas do Amanhã abre reportagem veiculada pela Globo News sobre queda na evasão escolar
O Cientistas do Amanhã foi tema de reportagem veiculada pelo canal Globo News sobre salto de qualidade da frequência em escolas da Prefeitura do Rio de Janeiro. Além de destacar o aumento do policiamento nas regiões de desenvolvimento do projeto, a matéria enfatizou o envolvimento das crianças nas aulas de ciências e também o apontou como uma das medidas de recuperação de perspectivas de vida para as crianças da Cidade de Deus, tendo em vista que é considerado importante ferramenta para incentivar os alunos num criativo e instigante processo de descobertas e aprendizagens, favorecendo a superação das dificuldades decorrentes das regiões de conflito.
Para saber mais sobre a reportagem e assistir ao vídeo na íntegra, clique aqui.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Incrível professor do Ciep Dr. Bento Rubião da Rocinha ensina transformar limão em limonada com aulas de ciências
Poucas pessoas têm a possibilidade de sentir orgulho de onde trabalham. O professor Jarley é dessas raridades e forneceu para o Blog, carinhosamente, um relato que revela detalhes dos seus sentimentos e pensamentos em relação à sua experiência bem-sucedida com o Projeto Cientistas do Amanhã no Ciep Dr. Bento Rubião (Rocinha, RJ), que faz parte da 2ª Coordenadoria Regional de Educação.
"Recordo-me que, pelos corredores da Escola, se comentava de um curso que haveria, num sábado, para falar sobre um projeto de ciências que a Prefeitura ia implantar na Rede. Imediatamente, pensei: “Curso no sábado? É o dia inteiro? Caramba, logo sábado, dia de descanso... Será obrigatório?”
Para ler o artigo crítico do professor na íntegra, clique na imagem abaixo.
Para ler o artigo crítico do professor na íntegra, clique na imagem abaixo.
Para saber como foi, em detalhes, cada aula do educador Jarley no desenvolvimento da Unidade Ar, clique na imagem abaixo.
Professora Fátima revela o fascínio dos alunos com a chegada dos Cientistas do Amanhã na E.M. Armando Fajardo
Mestre Fátima dos Anjos, da Escola Municipal Armando Fajardo, localizada no bairro Cordovil, Zona Note da Cidade do Rio de Janeiro, escreveu gentilmente para o Blog, a fim de contar com ricos detalhes quais foram os facilitadores e dificultadores na implementação do Projeto Cientistas do Amanhã em sua Escola, que integra a 4ª Coordenadoria Regional de Educação.
"Sou Professora Fátima e as turmas da escola onde leciono, junto com a Professora Bianca, não são diferentes da maioria das outras escolas. Localizada em uma comunidade carente, as crianças apresentam características e necessidades individualizadas.
Acompanhamos estas turmas desde o ano passado e formamos uma dupla que deu certo. Costumamos dizer que ela é organizada e eu, a criatividade.
Devemos confessar que resistimos à ideia de implementar o Projeto Cientistas do Amanhã, principalmente após a Tele-Conferência. Tudo parecia tão distante da realidade da comunidade onde trabalhamos.
A Profª Bianca também leciona para uma turma de Período Final do Ciclo, cujo Tema é solo. Ficamos em salas diferentes e, no intervalo, ela já havia calculado quantos dias seriam necessários para contemplar nossos alunos com todas as aulas. Mesmo resistindo, teríamos que seguir em frente. Recuar não é a solução!
Às vésperas de nosso recesso de julho, fomos realizar a segunda parte do curso na Faculdade Estácio de Sá. Na verdade, estávamos cansadas e loucas por uma semana de calma. Finalmente, teríamos acesso ao "Bicho Papão Azul" (o armário). Outra vez ficamos separadas e eu fui a única de minha Escola que foi para o Tema Ar. Na sala, conheci o Márcio, o qual, mesmo diante da resistência de um grupo de professores, conseguiu me contagiar com a ideia de "uma nova ciência". Pensei no rostinho das crianças ao perceberem que não teriam mais os tradicionais livros de Ciências, mas que, literalmente, seriam cientistas por algumas horas. Também me sentia insegura. Como usar todo aquele material com crianças que são educadas de forma tão diferente uma das outras com relação à convivência em grupo?
Ainda na sala, comecei a pensar em como poderíamos organizar o planejamento de forma fácil, prática e objetiva.
Fiquei decepcionada ao saber que não havia um Diário do Aluno padronizado e que poderíamos utilizar folhas, cadernos separados ou o próprio caderno do aluno. Decidi, naquele momento, que pensaria em uma forma prazerosa para meus alunos realizarem os registros. Logicamente, não poderia faltar minha outra parte: a Profª Bianca. Com sua organização, poderíamos colocar em prática minhas ideias. Estávamos às vésperas do recesso de julho e tínhamos pouco tempo. A Profª Bianca também havia ficado empolgada, mas lamentava o mesmo que eu: a chegada do Projeto só no 2º semestre.
Após mostrar à Bianca mina ideia de utilizar o próprio caderno que recebemos no curso - para realizar o planejamento -, estruturando-o de uma forma diferente da apresentada pela Sangari, começamos a pensar em como confeccionar o Diário do Aluno e resolvemos personalizar as folhas, com desenhos relacionados à natureza, margens trabalhadas e dividido em duas partes: uma para os registros escritos e a a outra para atividades leves, como: desenhos, pinturas, recorte e colagem, ilustrações científicas etc.
Entrando no recesso com tudo esquematizado. Fomos mantendo alguns contatos durante este período. Para cada aula planejada, Bianca preparava as folhas necessárias para o registro e atividade relativa ao Tema. Em cinco dias, já tínhamos até a 7ª Aula pronta. Bianca sugeriu a Aula Zero, onde planejei um momento para o aluno saciar sua curiosidade, explorando o armário e o livro, registrado no Diário suas ideias com relação à nova forma de estudar Ciências e que objetos mais chamaram sua atenção. Em cima da ideia da Bianca, resolvi planejar mais uma aula ao final, onde crianças poderiam comparar suas expectativas iniciais com o que aconteceu e sugerir de que forma poderíamos melhorar as aulas. Minha ideia era enviar as sugestões dos alunos para Sangari.
Ao retornarmos do recesso, apresentamos o que organizamos à Direção, Coordenação e demais professores, que decidira adotar o modelo de planejamento e de Diário do Aluno. Lamentavelmente, o início da aulas foi adiado, os armários também chegaram depois, o conteúdo necessitava ser reposto, centros de estudos com datas alteradas e ficamos um pouco desanimadas. No dia 12/11, demos nossas primeiras aulas, unindo alguns capítulos. Terminei o dia exausta e confesso que não consegui realizar as três aulas propostas para aquele dia, mas a alegria no rosto de meus alunos foi algo que me fascinou: sentados em grupo, me surpreenderam com questionamentos, colocações, interesse por objetos como a "Pisseta", o capricho ao realizar as atividades e o número muito menor de confusões que precisei resolver. Diante da reação deles, não me importei em não ter conseguido dar todas as três aulas, pois responder a seus questionamentos valia muito mais. Dei continuidade, no dia seguinte, e minhas duas turmas estavam lotadas. Ao final, ouvi um grupo conversando: 'Não podemos faltar na quinta-feira mais, porque o Prefeito mandou o material certo e quem faltar a Tia não vai poder fazer outro dia. Foi muito bom e eu não quero perder nada'. Completado por outro aluno: 'Eu me senti um cientista de verdade'.
Não sei como você, Professor, está reagindo a este Projeto, mas garanto que na primeira aula eu confirmei o que o Márcio disse: 'Em Ciências não há uma resposta pré-estabelecida, não há erros e sim respostas diferentes a uma mesma experiência'.
Na vida não há receitas para acertarmos, nem como pessoa, pais, filhos e profissionais, mas há a vontade de tentar. Esse é o primeiro passo para quem está assustado com o novo: Cientistas do Amanhã. TENTE!!!!"
Acompanhamos estas turmas desde o ano passado e formamos uma dupla que deu certo. Costumamos dizer que ela é organizada e eu, a criatividade.
Devemos confessar que resistimos à ideia de implementar o Projeto Cientistas do Amanhã, principalmente após a Tele-Conferência. Tudo parecia tão distante da realidade da comunidade onde trabalhamos.
A Profª Bianca também leciona para uma turma de Período Final do Ciclo, cujo Tema é solo. Ficamos em salas diferentes e, no intervalo, ela já havia calculado quantos dias seriam necessários para contemplar nossos alunos com todas as aulas. Mesmo resistindo, teríamos que seguir em frente. Recuar não é a solução!
Às vésperas de nosso recesso de julho, fomos realizar a segunda parte do curso na Faculdade Estácio de Sá. Na verdade, estávamos cansadas e loucas por uma semana de calma. Finalmente, teríamos acesso ao "Bicho Papão Azul" (o armário). Outra vez ficamos separadas e eu fui a única de minha Escola que foi para o Tema Ar. Na sala, conheci o Márcio, o qual, mesmo diante da resistência de um grupo de professores, conseguiu me contagiar com a ideia de "uma nova ciência". Pensei no rostinho das crianças ao perceberem que não teriam mais os tradicionais livros de Ciências, mas que, literalmente, seriam cientistas por algumas horas. Também me sentia insegura. Como usar todo aquele material com crianças que são educadas de forma tão diferente uma das outras com relação à convivência em grupo?
Ainda na sala, comecei a pensar em como poderíamos organizar o planejamento de forma fácil, prática e objetiva.
Fiquei decepcionada ao saber que não havia um Diário do Aluno padronizado e que poderíamos utilizar folhas, cadernos separados ou o próprio caderno do aluno. Decidi, naquele momento, que pensaria em uma forma prazerosa para meus alunos realizarem os registros. Logicamente, não poderia faltar minha outra parte: a Profª Bianca. Com sua organização, poderíamos colocar em prática minhas ideias. Estávamos às vésperas do recesso de julho e tínhamos pouco tempo. A Profª Bianca também havia ficado empolgada, mas lamentava o mesmo que eu: a chegada do Projeto só no 2º semestre.
Após mostrar à Bianca mina ideia de utilizar o próprio caderno que recebemos no curso - para realizar o planejamento -, estruturando-o de uma forma diferente da apresentada pela Sangari, começamos a pensar em como confeccionar o Diário do Aluno e resolvemos personalizar as folhas, com desenhos relacionados à natureza, margens trabalhadas e dividido em duas partes: uma para os registros escritos e a a outra para atividades leves, como: desenhos, pinturas, recorte e colagem, ilustrações científicas etc.
Entrando no recesso com tudo esquematizado. Fomos mantendo alguns contatos durante este período. Para cada aula planejada, Bianca preparava as folhas necessárias para o registro e atividade relativa ao Tema. Em cinco dias, já tínhamos até a 7ª Aula pronta. Bianca sugeriu a Aula Zero, onde planejei um momento para o aluno saciar sua curiosidade, explorando o armário e o livro, registrado no Diário suas ideias com relação à nova forma de estudar Ciências e que objetos mais chamaram sua atenção. Em cima da ideia da Bianca, resolvi planejar mais uma aula ao final, onde crianças poderiam comparar suas expectativas iniciais com o que aconteceu e sugerir de que forma poderíamos melhorar as aulas. Minha ideia era enviar as sugestões dos alunos para Sangari.
Ao retornarmos do recesso, apresentamos o que organizamos à Direção, Coordenação e demais professores, que decidira adotar o modelo de planejamento e de Diário do Aluno. Lamentavelmente, o início da aulas foi adiado, os armários também chegaram depois, o conteúdo necessitava ser reposto, centros de estudos com datas alteradas e ficamos um pouco desanimadas. No dia 12/11, demos nossas primeiras aulas, unindo alguns capítulos. Terminei o dia exausta e confesso que não consegui realizar as três aulas propostas para aquele dia, mas a alegria no rosto de meus alunos foi algo que me fascinou: sentados em grupo, me surpreenderam com questionamentos, colocações, interesse por objetos como a "Pisseta", o capricho ao realizar as atividades e o número muito menor de confusões que precisei resolver. Diante da reação deles, não me importei em não ter conseguido dar todas as três aulas, pois responder a seus questionamentos valia muito mais. Dei continuidade, no dia seguinte, e minhas duas turmas estavam lotadas. Ao final, ouvi um grupo conversando: 'Não podemos faltar na quinta-feira mais, porque o Prefeito mandou o material certo e quem faltar a Tia não vai poder fazer outro dia. Foi muito bom e eu não quero perder nada'. Completado por outro aluno: 'Eu me senti um cientista de verdade'.
Não sei como você, Professor, está reagindo a este Projeto, mas garanto que na primeira aula eu confirmei o que o Márcio disse: 'Em Ciências não há uma resposta pré-estabelecida, não há erros e sim respostas diferentes a uma mesma experiência'.
Na vida não há receitas para acertarmos, nem como pessoa, pais, filhos e profissionais, mas há a vontade de tentar. Esse é o primeiro passo para quem está assustado com o novo: Cientistas do Amanhã. TENTE!!!!"
Dosado na crítica e filiado ao otimismo, o relato das experiências compartilhadas pela regente Fátima Anjos (em parceria com a professora Bianca) sinaliza para gestores e educadores possibilidades para ajudar a transformar em realidade o uso do "armário azul" em mais salas de aula das Escolas Municipais do Rio de Janeiro.
Parabéns, Dupla Perfeita, pela mobilização e pelas inovações.
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