quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Projeto Cientistas do Amanhã conquista Mestre e Alunos do Ciep Hildebrando de Araújo Góes

Em um depoimento entusiasmado enviado ao Blog, a educadora Aline Pavão, do Ciep Hildebrando de Araújo Góes, pertencente à 10ª Coordenadoria Regional de Educação, decide romper o silêncio e socializar com a Rede de Escolas do Município do Rio de Janeiro sua confiança e otimismo nos resultados que já pode observar, durante a implementação do Projeto Cientistas do Amanhã, em sua Unidade de Ensino. 
"Meu nome é Aline Pavão e trabalho com turmas do 4º ano no CIEP Hildebrando de Araújo Góes (Pedra de Guaratiba, Zona Oeste) e quero incluir meu relato e dos meus alunos, para externar nossa satisfação em trabalhar com o Projeto Cientistas do Amanhã.
Tem sido muito gratificante o Projeto com meus alunos. É, realmente, incrível perceber como o interesse pelas aulas se trasformou depois das ações propostas... Eles esperam por cada aula de Ciências muito ansiosos por descobrir o que virá!!
A montagem da estação metereológica foi um sucesso; eles se sentem verdadeiros cientistas ao manipular cada instrumento e ainda mais importantes ao divulgar os dados coletados no Serviço de Metereologia do 4º Ano. Por isso são eles mesmos que, a todo instante, dão depoimentos satisfatórios, que não quero que fiquem restritos à minha sala de aula."
Obrigado, professora Aline, pelo ânimo que nos doa espontaneamente em seu relato, do qual nos beneficiamos com o entusiasmo que fortalece as nossas esperanças e prestigia os seus próprios alunos, divulgando as suas opiniões e vibrando junto com o sucesso de cada um com as Ciências.

Tutora Keeth Gomes apresenta destaques da E.M. Brito Broca com o Cientistas do Amanhã

A  Escola Municipal Brito Broca, que faz parte da 2ª Coordenadoria Regional de Educação, fica na Tijuca, Zona Norte da Cidade do Rio de Janeiro. É dessa acolhedora Unidade Escolar que a Tutora Keeth Gomes, do Cientistas do Amanhã, traz novos belos relatos sobre as experiências de duas professoras com o Programa.
Começa dizendo que, "durante a observação das aulas das professoras Marlene Priscila, foi possível ver a admiração e o interesse dos alunos pelo Projeto, principalmente durante os experimentos e a elaboração do Diário de Ciências. Todos queriam registrar o que aprenderam, fosse por meio dos desenhos ou da escrita", como foi o caso do aluno Lucas, que fez, cuidadosamente, no "Diário de Ciências",  durante a aula "Como anda a lâmpada", para ilustrar a experiência da aula.
A Tutora lembra, ainda, que ambas as professoras estão articulando os conteúdos da Língua Portuguesa com o "Saiba Mais" (texto com a função de organizar e ampliar os conhecimentos abordados, podendo ser utilizado em diferentes momentos do desenvolvimento da aula).
Mais um ponto positivo destacado pela Tutora na prática da E.M. Britto Broca foi a interação entre os alunos, no trabalho em equipe e na “parceria” de um aluno com o outro, o que tem sido registrado de diferentes formas bastante criativas, seja pelo mural da Escola ou pelos "Diários dos Cientistas".

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Carta da Diretora Marilda Pereira Silva revela bastidores do Cientistas do Amanhã na E.M. Sampaio Corrêa e previsões para o futuro

Após tomar ciência do relato feito pelo Tutor Rolf Bateman para o Blog, a Diretora da Escola Municipal Sampaio Corrêa (Rio de Janeiro) interrompe suas férias e escreve um email, que transcrevemos abaixo, descrevendo em primeira mão, para nós, o "making off" do desenvolvimento do Programa Cientistas do Amanhã em sua Escola.

"Querido Rolf,
Muito lindo o que você escreveu! Fiquei emocionada com o seu relato e confesso que me senti muito orgulhosa de ser aquela mulher loura e de enormes olhos azuis que te recebeu... Ali, naquele momento, estabeleceu-se entre nós muito mais do que uma relação profissional, nascia uma grande amizade! Bom que o destino tenha te colocado em Senador Camará e, mais especificamente, na Escola Sampaio Corrêa!





Entrei no Magistério no ano de 1974 e, há 35 anos, dedico uma grande parte da minha vida à Educação. E, ao  longo desses anos, pude perceber que a satisfação de trabalhar com crianças me faz uma pessoa muito feliz!
Há 7 anos estou na Direção da Escola Municipal (08.17.039) Sampaio Corrêa, inserida numa área de risco e que possui uma clientela sofrida e muito carente.
Utilizo propositalmente a letra maiúscula para a escrever a palavra Escola, porque vejo que é nesse espaço onde os  alunos encontram todas as oportunidades e possibilidades de um crescimento sadio e promissor, para enfrentar as suas lutas, realizar os seus sonhos e projetar uma vida mais digna daquelas que eles possuem até então.
Por ser a Sampaio Corrêa uma Escola do Amanhã, tínhamos diante de nós alguns projetos a serem desenvolvidos e um deles, especificamente, causou um "tremendo reboliço" entre o grupo de professores, pois uma "tal" de SANGARI promovia uma capacitação aos professores justamente num sábado... E aí, então, tudo começou...
Ao encontrar com o grupo na segunda-feira seguinte pude perceber que as professoras se dividiam em suas opiniões: umas acreditavam e estavam muito entusiasmadas para o pontapé inicial; outras, porém, demonstravam claramente seus medos e inseguranças...
Recebemos, posterior a essa capacitação, o Tutor da Sangari, que acompanharia todo o desenvolvimento  do Projeto Cientistas do Amanhã na Escola; todavia o que mais me chamou a atenção foi o interesse do Tutor em conhecer a Escola como um todo: conhecer e entender outros projetos desenvolvidos, os espaços,  a clientela, a comunidade, todas as pessoas da Escola, enfim, saber em que terreno ele estaria pisando...
O primeiro contato oficial do Tutor com o grupo aconteceu num Centro de Estudos e, devo confessar, nesse momento, temi pelo desenvolvimento do Projeto, pois aquele grupo que apresentava uma certa resistência usou de muitos argumentos quanto ao pôr em prática, o que, até então, era apenas teoria. Foram momentos de angústia, convencimento, paciência, escuta e principalmente incentivo...
Recebemos os armários da CTC e com eles, toda aquela riqueza de material que fazia brilhar os olhares dos professores... Tudo bem que não era o de todos, mas com a paciência e boa- vontade do Tutor, por meio de várias visitas à Escola e também nos encontros de formação, uma nova mentalidade foi se delineando...
Chegou então o dia "D", o grupo de professores resolveu que iniciariam a Unidade I todos no mesmo dia e, então, fiz questão de, nesse dia, informalmente, passar em todas as turmas para fazer "um balanço" do que estava acontecendo... A sorte estava lançada! E o resultado me surpreendeu, pois todos os professores foram unânimes em relatar a tranquilidade, o interesse e o sucesso da primeira aula com os seus alunos.
Daí em diante, as próximas aulas foram se desenrolando naturalmente. A satisfação dos professores em perceber o interesse dos alunos e a possibilidade de vivenciar junto a essas crianças  as "suas" descobertas, foi e está sendo maravilhosa!
Agora, a partir do Projeto Cientistas do Amanhã, as aulas de Ciências são impulsionadas por um motivo e orientada para uma finalidade consciente, através da prática, do manuseio, do experimento, da crítica e da descoberta  e, é lógico, respeitando o processo de aprendizagem de cada aluno.
A partir do sucesso do Projeto já estamos nos mobilizando para algumas ações no espaço escolar, como Mostra de Ciências e um Programa de Monitoria para o próximo ano letivo.
Foi um desafio e vencemos!
Pois é, fico pensando "cá, com meus botões", que na Escola, assim como na vida,  são os desafios que movem todas as ações  e, enfrentá-los, não é privilégio de todos, apenas daqueles que acreditam, que amam, que ousam e que se lançam, valorizando-se e fazendo valorizar a  história de cada aluno.
Isso é Escola...e essa é a ESCOLA MUNICIPAL SAMPAIO CORRÊA!

Marilda Pereira Silva

Escola Municipal Sampaio Corrêa: muitas lições além da sala de aula

Situada no bairro Senador Camará, na Zona Oeste da Cidade do Rio de Janeiro, a Escola Municipal Sampaio Corrêa (ligada à 8ª Coordenadoria Regional de Educação) é tema do emocionante relato do Tutor Rolf Bateman, do Programa Cientistas do Amanhã. Com uma escrita poética, mas calçada na realidade da instituição de ensino que acompanha, Rolf convida-nos a um belo exercício de reflexão, a partir das suas vivências em uma escola pública de qualidade. 

"Entrei na Escola Municipal Sampaio Corrêa pelo grande portão de ferro do estacionamento, numa manhã quente como todas as outras que amanhecem próximo à estação ferroviária em Senador Camará. O cartão de boas-vindas anunciava a tônica do convívio vicinal, estampado no letreiro da oficina de reparos automotivos: “O Crack do arranhão”. Na esquina oposta, além do ferro-velho e da loja de materiais de construção, três homens de chinelos, comendo cachorro-quente, me foram descritos brevemente pela funcionária da subsecretaria, que me acompanhava: 'Não olhe muito, é o movimento'.
A frase tentava sair da minha cabeça tão sinceramente quanto à percepção de alguém que, até então, só enxergava a educação pública por meio dos papéis copiados nos cubículos da xerox na Faculdade de Educação da UFRJ. Até mesmo dentro da rede privada, onde a maior das minhas experiências se esmilinguia nas lembranças do adolescente que passou no vestibular e nunca mais olhou naquela direção, meus conhecimentos se mostravam parcos e totalmente distantes da realidade do 'outro lado da mesa', onde eu agora me encontrava.
Parecia regredir a um dos meus tantos primeiros dias de aula, tentando, ao contrário do que diziam os conselhos da mãe incentivadora, ser o mais incólume e imperceptível dos mosquitos, esgueirando-se pelas paredes, enquanto pedia aos céus para não ser notado. Todos os olhares, por mais desinteressados que fossem, pareciam me avaliar o tempo inteiro, a cada passo que dava. Lembrava dos conselhos dos amigos em relação ao perigo da comunidade, dos alertas a respeito da minha clara cor de pele e olhos, das atenções voltadas à luz interna acesa ao sair da escola e da preferência a ser dada, no trânsito das pequenas ruas, aos porcos, ciclistas e carrinhos de compras. Todo o meu dever me passava nervosamente pela mente: a primeira impressão da direção, o processo de convencimento das professoras para que adotassem o Cientistas do Amanhã, a necessidade de mostrar serviço, a vontade de que tudo ocorresse dentro dos meus estreitos parâmetros do sucesso. Leve e disfarçadamente, aliso o amarrotado do uniforme branco e ajeito o cabelo, respiro fundo e me decepciono com a falta do tempo que acreditei que teria, ao caminhar da saída do carro até a porta da direção. A mulher loira, de enormes olhos azuis, vinha em nossa sentido, ainda no pátio, para me conhecer e apresentar a escola.

Marilda, a diretora, cuja descrição física 'mandou pelo ralo' o receio sugerido pelos colegas, demonstrou a simpatia que me fez envergonhar pelos pensamentos recém-ocorridos. Rodou a escola, sorrindo ao apresentar cada canto, cada professora, e me mostrando o orgulho de quem ajudou a construir aquela pequena faceta desconhecida da educação. Numa salada de mil acontecimentos simultâneos, a escola se mistura entre músicas e letramentos, correrias e livros, recreações e seriedade. E na sala de aula se ouve cantoria na forma de homenagem à professora, outrora zangada: 'Eu preciso de ti, senhor, sou pequeno demais'.
Aos poucos, os nomes e rostos se uniam na minha cabeça, cada um com uma história e uma personalidade diferente. A escola se colocava diante de mim simpática e, ao mesmo tempo, dura, sorridente ao encontrar, e não menos bela ao colocar em xeque a razão que me fazia estar ali, naquele momento. Aquela era a Sampaio Corrêa, erguida sobre o concreto colorido das escolas modernas e do otimismo do trabalhador, repleta de suas reflexões, convicções morais e determinações políticas, com as decisões que, sempre tomadas em grupo, atrasavam os anseios do Tutor ignorante. Aquela era a Sampaio Correa, a minha nova sala de aula de vida.
Exigências feitas e acordos cumpridos, duas formações depois e o “Cientistas” explode na escola, em todas as turmas ao mesmo tempo, enchendo de “minhocas” as cabeças das crianças, enchendo de cobranças o calendário do professor e de orgulho o desempenho da docência. Explode o “Cientistas” na Sampaio Corrêa de Senador Camará, guiado por mulheres guerreiras, que, sim, cumprem as suas ordens, nunca deixando de perguntar e admitindo, paradoxalmente, o julgamento indevido e prematuro:
'Parabéns, a minha aula foi um sucesso'.
A receita não é complexa. Uma vez por mês nos reunimos com tempo suficiente para debruçarmos sobre o livro do professor, assistir a vídeos e conversar sobre as aulas. Relatamos pontos importantes e a comunicação aparece nas conversas de corredor, pelo telefone, por email, por bilhete. O que, antes, era desconfiança, hoje, vira aprendizado. O resto, deixamos que a vontade faz.

E os perigos ainda estão lá fora. Mas eu, aqui, estou totalmente seguro".
Parabéns, Rolf Batman, pela ternura e riqueza de detalhes de seu relato, que muito pode contribuir para o desenvolvimento do Cientistas do Amanhã, já que, além das aulas sugeridas pelo livro do professor, a E.M. Sampaio Corrêa instituiu um caderno de relatos a ser preenchido pelas professoras; mantém um horário mensal de atendimento com o Tutor, cerca de 1 hora e 10 minutos para cada grupo de professoras (divididas pelo ano de escolaridade de seus alunos); estuda, para o ano que vem, a implementação de um programa de monitoria feita pelos alunos mais velhos nas turmas mais novas; e inclui, num mural desenvolvido especialmente para o Cientistas do Amanhã, as novidades, notícias e e-mails enviados pelo Tutor. Tanto as professoras, quanto a direção, encontram-se, dessa forma, mobilizadas para o sucesso do Projeto.
Agora, felicidade sem fim é poder estudar e trabalhar em um lugar no qual as pessoas têm objetivo, meio e fim em comum, lideradas por uma gestora que revela brilho nos olhos quando se relaciona com seus professores e funcionários, as suas crianças, a sua comunidade! Assim, fica mais fácil superar os limites, estimula os sonhos, a cooperação e a transformação de cada um para todos. 

terça-feira, 24 de novembro de 2009

E.M. Joracy Camargo, E. M. Raul Pederneiras e E. M. Armando Fajardo: sinônimos de integração e motivação na Rede!

As Escolas do Amanhã E.M. Joracy Camargo, E.M. Raul Pederneiras e E.M. Armando Fajardo (do Município do Rio de Janeiro) são homenageadas no relato da Tutora Bárbara de Almeida Silva, professora de Ciências que integra a equipe Sangari de acompanhamento da implementação do “Cientistas do Amanhã”. Essas unidades de ensino fazem parte da 4ª Coordenadoria Regional de Educação e estão situadas na região norte da Cidade. Sobre elas, Bárbara comenta com muita alegria: 

“A Escola Municipal Joracy Camargo (Olaria) é um exemplo de determinação e entusiasmo a ser seguido. Como a maioria das “Escolas do Amanhã”, esta escola sofre diretamente com a interferência dos acontecimentos na comunidade onde está inserida, o que ,muitas vezes, atrapalha o desenvolvimento do trabalho escolar. Diante de tantas dificuldades enfrentadas e mesmo adiando o início do programa, as professoras não perderam o ânimo. Bastou uma rápida reunião entre gestores, o corpo docente e eu - enquanto tutora - para que, na semana seguinte, os "diários de ciências" já estivessem planejados e as professoras bastante participativas durante a formação, questionando, trocando ideias, planejando Ciências e até mesmo Língua Portuguesa, utilizando os textos do “Saiba Mais”!
Foi gratificante ver a felicidade da professora Simone ao mostrar, com carinho, os registros de seus alunos, e sua preocupação em orientá-los da melhor maneira no desenvolvimento deste processo. Ver os alunos da professora Regina tendo o primeiro contato com o material das aulas de Ciências, a curiosidade e a magia envolvendo o armário foram contagiantes.
A integração de toda Equipe Escolar, somada ao acompanhamento de perto da gestora, é um fator de grande contribuição para o bom desenvolvimento do Programa “Cientistas do Amanhã”. Isto não foi observado apenas na E. M. Joracy Camargo, mas em outras, como por exemplo na E. M. Raul Pederneiras (Cordovil), na qual as aulas de Ciências têm sido muito produtivas, graças à colaboração entre as professoras e ao acompanhamento contínuo da Coordenadora Pedagógica, professora Adélia. Da mesma forma, ocorre na E. M. Armando Fajardo (Cordovil) permanente discussão e troca de ideias entre as professoras para o planejamento das aulas, sempre mediadas pela Coordenadora Pedagógica, professora Elizabeth.
A figura do Coordenador Pedagógico e do Gestor tem imensa importância na organização dos encontros de formação dos professores junto à tutora. Esta parceria proporciona uma melhor compreensão do programa e um bom andamento das aulas de Ciências. Como resultado, o programa “Cientistas do Amanhã” proporciona às crianças vivenciar a Ciência no seu dia-a-dia". 
Parabéns às Escolas Municipais Joracy Camargo, Raul Pederneiras e Armando Fajardo, a quais - sob a liderança e orientação de uma equipe pedagógica comprometida com o sucesso - re-escrevem positivamente as histórias de vida das crianças, das famílias e da comunidade que atendem, a partir das experiências com o conhecimento científico.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Professora Mônica Cristine do Ciep Posseiro Mário Vaz relata que Cientistas do Amanhã receberam o armário azul com brilho nos olhos

Para quem já começou ou está querendo começar e não sabe por onde, o depoimento apresentado pela professora Mônica Cristine, do Ciep Posseiro Mário Vaz, da zona oeste do municío do Rio, é mais uma pista e um incentivo para nos encher de orgulho. Acompanhe e veja se você, professor ou professora, não se reconhece na situação!
"Quantas novidades estão surgindo! Assim como a vida, que é dinâmica e está sujeita a constantes transformações e aprendizagens, também devem ser as aulas. E foi exatamente este sentimento que tivemos com a chegada do "armário azul". De repente, sentimos que muitas novidades estavam por vir - a começar pela mudança dos objetos presentes na sala.
Dias antes da chegada do "armário", conversei com os alunos sobre a proposta dos Cientistas do Amanhã. Os alunos receberam a notícia com entusiasmo, mas nada comparado ao dia em que o material finalmente chegou. Todos ficaram maravilhados, especialmente eu. Organizamo-nos em grupos para que todos pudessem ter algum contato com o que havíamos acabado de receber. A cada caixa aberta, mais brilho nos olhos... Foi um verdadeiro estado de euforia. Os alunos não queriam apenas ver, queriam tocar, organizar, interagir e perguntar. Mas perguntar muito...
Queriam saber para que usaríamos cada material; quando começaríamos; quando colocaríamos - literalmente - a mão na massa.
Combinamos que, assim que acontecesse a Prova Brasil, desenvolveríamos o projeto, uma vez que estávamos completamente assoberbados com os descritores envolvidos em tal avaliação. Tive medo que tanta novidade confundisse a cabecinha deles, mesmo sabendo e acreditando no trabalho interdisciplinar como forma mais abrangente e eficaz de aprendizado.
Porém aconteceram imprevistos. A Prova Brasil foi adiada e vimos que precisávamos de uma atitude imediata. Não podíamos mais esperar. Então, coletivamente, decidimos: nosso projeto de trabalho do quarto bimestre será pautado no programa Cientistas do Amanhã, que contempla de forma ampla e interdisciplinar as orientações curriculares definidas para o período pela Secretaria de Educação.
Combinamos, também, que faríamos um blog para registrar e divulgar esse novo caminho. Para essa criação, contaremos com a ajuda do professor Vagner Lúcio, que é fera em ferramentas da internet e já se propôs a nos ajudar. Nesse caso, mãos à obra!"
Parabéns alunos e professores do Ciep Posseiro Mário Vaz, da 10ª Coordenadoria Regional de Educação, que com o entusiasmo dos seus mestres estão percorrendo um caminho novo, mas seguro, que é o trabalho com o "Cientistas do Amanhã".
Os seus olhos brilharão muitas vezes, pois muitas experiências com o conhecimento serão vivenciadas nesse caminho. Contem comigo e com todos os nossos colaboradores.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Professores e Alunos da Escola Municipal Sergipe transformam ambiente escolar com Cientistas do Amanhã

Amigos, vejam só que depoimento lindíssimo da Linda Mass sobre o projeto Cientistas do Amanhã na E.M. Sergipe, em Vicente de Carvalho, da 5ª Coordenadoria Regional de Educação, que nos emocionou com "a alegria que contagiou professores e alunos na aplicação e utilização dos experimentos na aula de Ciências". Vale a pena ler até o final... 
"Como já sabe, iniciamos nosso Projeto oficialmente no dia 19/10. Nosso planejamento compreendia a princípio 1 aula semanal, mas já na primeira semana houve professor realizando 2 aulas. Confesso que não acreditava que haveria uma adesão tão efetiva por parte do grupo, já que, como Escola do Amanhã, nossa rotina ainda está um pouco tumultuada. Porém me sinto na obrigação de registrar a alegria que contagiou professores e alunos na aplicação e utilização dos experimentos na aula de Ciências. Havia uma sensação de tranquilidade que não combinava em nada com a rotina de violência da comunidade.
Nossa professora de Sala de Leitura me disse que a Escola estava diferentemente linda naquele dia e ao visitar as salas entendi... Os alunos, literalmente, com as mãos na terra, água, sentindo o ar e descobrindo a distância entre o sol e lua. Fiquei em êxtase!!! Há muito não via meu grupo se divertir tanto em uma aula. Eu mesma (que não participei da capacitação, e isto é um protesto!!!) me peguei perguntando às crianças o que elas percebiam e estavam descobrindo na aula. Todos os grupos queriam mostrar o que tinham achado na terra, que o ar estava na esponja embaixo d'água... enfim... até a frustração o 5º ano que não conseguiu realizar seu experimento pela falta de claridade solar (acho) foi contagiante.
Mas o fato que mais me emocionou, aconteceu na entrada do segundo turno. Temos um aluno de oito anos que sofre de depressão, e que em dias de conflito não comparece à aula. A professora já tinha dado a primeira aula e, por conta da doença, ele perdeu. Algum colega comentou com ele que tinha sido muito legal a aula daquele dia. Então, ao avistar o Gabriel, como é de costume, abracei-o e disse que estava com uma ótima aparência naquele dia. A mãe imediatamente me falou (vou reproduzir a fala da mãe para que vc perceba a importância do que ela disse): "Ah, Tia! É por causa de um cientista que agora tem na Escola e não sai da cabeça dele." (rsrsrs) Bem André, acho que nem eu, nem vc, nem a equipe que criou o Projeto acreditava que podia chegar tão longe, não é!?!
Não pense que tudo são flores, ainda estamos apanhando na utilização do material, e no fim do dia os professores nem falavam... Mas vale a pena! "
É ou não é um testemunho cativante? Com certeza, é cativante e estimulante.
Parabéns, professores da Escola Municipal Sergipe, que, com entusiasmo total, apostaram numa alternativa pedagógica que já está refletindo no desempenho acadêmico de seus educandos. Nem tudo são flores, como bem lembrou Linda Maas, porém o relato dessa experiência é pista para novas atividades e referência importante para outras escolas.
Em sua Escola, o projeto começou pequeno e está se ampliando cada vez mais, graças à adesão do maravilhoso grupo que contagia e mobiliza diferentes crianças da comunidade escolar para a experiência científica!

domingo, 1 de novembro de 2009

Professores das escolas da Prefeitura do Rio ganham espaço para publicar suas experiências com Cientistas do Amanhã

 Escolas do Amanhã já contam com esse novo espaço, para divulgar seus relatos, experiências, atividades, artigos, sugestões e espaços virtuais relacionados ao trabalho com o "Cientistas do Amanhã" - um projeto de ciências com criatividade desenvolvido em escolas da Prefeitura do Rio de Janeiro, em parceria com a Sangari Brasil (empresa que produz e implementa metodologias e materiais educacionais para o aprendizado de Ciências no Ensino Fundamental).
É só escrever para Tio Vagner Lúcio, que a sua escola vai virar notícia!